quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

...Que Mário?


Queríamos tanto fazer um post especial para o Mário que acabamos demorando demais… Porém, vamos ao que interessa:

Quem puder ajudar a família do dramaturgo, por favor, faça uma doação para a conta da mãe de sua filha:
CHRISTINE DO CARMO VIANA
Banco UNIBANCO, agênca 0935, conta poupança 127721-6

Quem puder doar sangue:
Santa Casa, Rua Cesário Motta Jr, 112, Centro.


Mas … dentro do armário? Pois é. O Bortolotto com seu humor peculiar não deixaria a gente fazer um post sem deboche. Queremos que ele saia logo do armário. Com seus personagens marginais, ele sempre riu com seus heróis fracassados em invisíveis batalhas pessoais dentro do submundo. E todos nós nada mais somos do que isso. Artistas escondidos no armário da Praça Roosevelt, na falta de um lugar melhor para ir. O que fazemos lá? Nossas lutas diárias. Realizamos nossos espetáculos, dicutimos os processos de trabalho, bebemos um pouco para esquecer a dor e tentar descobrir uma solução revolucionária para o mundo.

No entanto, este movimento não deve ser confundido com exuberância. A Classe Teatral é pobre, feia e suja. Desarticulada. Esfomeada. Corre o dia todo atrás de editais, SESCs, Secretarias de Cultura, e aceita qualquer trocado para continuar o circo. A pão.

Como alguém pode assaltar um teatro da Praça Roosevelt? Não temos nada para sermos assaltados. Basta entrar no prestigioso Espaço dos Satyros e ver suas instalações para constatarem o quanto somos ricos.

Pelo Mário finalmente nos mobilizamos. Mas precisamos ir além. Precisamos de segurança. Postos policiais permanentes. Iluminação pública adequada, nos dois lados da Praça. Alvarás para funcionamento dos bares. Queremos as obras de reurbanização, que há mais de 20 anos nunca saíram do papel. Queremos receber os valores dos editais sem cortes depois de aprovados. Queremos incentivos permanentes para criarmos vida em outros lugares a exemplo do que fizemos na Praça Roosevelt. Bairros antes abandonados como a Barra Funda hoje são pólos de cultura e de vida social. Isso mostra como o nosso trabalho tem valor público, e retorna para a sociedade sob a forma de transformação e bem-estar social.

E precisamos do apoio da esfera pública e da população para continuarmos a disseminar alegria e sairmos, cada vez mais do armário. Viva Bortolotto!

Post originalmente escrito no Banheiro do www.teatroparaalguem.com.br:
http://www.teatroparaalguem.com.br/blog/2009/12/16/que-mario/